ABC | Volume 110, Nº3, Março 2018

Correlação Clínico-radiográfica Atik et al Fechamento percutâneo de fístula coronário-cavitária Arq Bras Cardiol. 2018; 110(3):289-291 Conduta: Em face da presen a de fístula coronário‑cavitária e já com dilata ão das art rias coronárias, idealizou-se sua elimina ão por meio de cateterismo intervencionista. Verificou-se que a art ria coronária direita tinha 6 mm de diâmetro e um aneurisma no seu final com cerca de 15 mm, e comunica ão de 4 mm com o ventrículo direito. Conseguiu‑se seu fechamento por um plug-vascular Amplatzer II , com resolu ão imediata da fístula (Figura 2). Comentários: As raras fístulas congênitas das art rias coronárias são conexões anormais com as cavidades cardíacas ou com a árvore arterial pulmonar. A drenagem mais comum se faz com as cavidades direitas, e ocasionalmente com o seio coronário e com as cavidades esquerdas. Elas são simples ou múltiplas e causam sobrecarga de volume proporcional, com quadros que simulam a comunica ão interatrial, comunica ão interventricular ou persistência do canal arterial, Figura 1 – Radiografias de tórax antes (à esquerda) e 5 anos após (à direita) o fechamento da fístula coronário-cavitária, salientando nitidamente a diminuição da área cardíaca, discretamente aumentada previamente. Figura 2 – Cinecoronariografia mostra a artéria coronária direita (CD) muito dilatada, originando-se da artéria circunflexa, e terminando em compartimento aneurismático em A e B. Em C, a drenagem a partir do aneurisma terminal da CD fazia-se discretamente no ventrículo direito (VD). Nota-se a inserção, a partir do VD, na CD prévia ao aneurisma coronário, de plug-vascular Amplatzer II (seta), em D, e em E a interrupção da drenagem da referida fístula (seta). Cx: circunflexa; Di: diagonalis; DA: artéria descendente anterior. 290

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