ABC | Volume 110, Nº3, Março 2018

Artigo Original Rodrigues et al Treinamento aeróbico em camundongos β 1ARKO Arq Bras Cardiol. 2018; 110(3):256-262 Tabela 1 – Pesos corporal e do ventrículo esquerdo em camundongos WT e β 1 ARKO WTc (n = 7) WTt (n = 6) β 1 ARKOc (n = 7) β 1 ARKOt (n = 6) PC inicial, g 27,43 ± 2,46 26,50 ± 2,45 33,86 ± 2,46 32,67 ± 2,23 PC final, g 29,86 ± 2,64* 28,67 ± 2,64* 37,14 ± 2,64* 34,33 ± 2,55* PCo, mg 231,00 ± 37,57 226,00 ± 37,48 302,00 ± 37,57 317,00 ± 37,48 PVE, mg 146,00 ± 20,82 141,00 ± 20,82 184,00 ± 20,82 194,00 ± 20,82 PCo/PC, mg/g 7,73 ± 0,85 7,86 ± 0,86 8,12 ± 0,85 9,22 ± 0,86 PVE/PC, mg/g 4,89 ± 0,48 4,94 ± 0,49 4,96 ± 0,48 5,66 ± 0,49 Valores expressos como médias ± DP; WTc: wild-type controle; WTt: wild-type treinado; β 1 ARKOc: nocaute para β 1 -AR controle; β 1 ARKOt: nocaute para β 1 -AR treinado; PC: peso corporal; PCo: peso do coração; PVE: peso do ventrículo esquerdo; N: número de animais; *p < 0,05 vs. PC inicial dentro do mesmo grupo. Diferenças estatísticas foram determinadas por teste t pareado. frascos cônicos com solu ão contendo colagenase. As c lulas foram dispersadas ao se agitarem os frascos por períodos de 3 minutos a 37°C. As c lulas isoladas foram separadas do tecido não dispersado por filtra ão. A suspensão de c lulas resultante foi centrifugada e novamente suspensa em solu ão HEPES‑Tyrode contendo CaCl 2 (2,5 e 5 μM, subsequentemente). As c lulas isoladas foram armazenadas em solu ão HEPES-Tyrode contendo 10 μM CaCl 2 em temperatura ambiente at o uso. Estudaram-se apenas os cardiomiócitos tolerantes ao cálcio, quiescentes, em forma de bastão e com estria ões transversais nítidas. Os cardiomiócitos isolados foram usados em at 2‑3 horas de isolamento. Medida da contratilidade celular A contratilidade celular foi avaliada como já descrito. 20 Resumidamente, as c lulas isoladas foram colocadas em uma câmara com uma base de lamínula de vidro montada em uma platina de microscópio invertido (Nikon Eclipse, TS100). A câmara foi perfundida com solu ão HEPES‑Tyrode contendo 10 μM CaCl 2 a 37°C. Contra ões de 1 Hz estáveis foram provocadas com eletrodos de platina em banho (Myopacer, Field Stimulator, IonOptix) com pulsos de voltagem de 5ms e intensidade de 40 V. As c lulas foram visualizadas em um monitor de computador com câmara NTSC (MyoCam, IonOptix) em modo de scanning parcial. A imagem foi usada para medir o encurtamento celular (nosso índice de contratilidade) em resposta à estimula ão el trica usando um detector de borda de movimento com vídeo (IonWizard, IonOptix). A imagem da c lula foi obtida a 240 Hz. Calculou‑se o encurtamento celular a partir do output do detector de borda usando um conversor A/D (IonOptix, Milton, MA). O encurtamento celular, expresso como porcentagem do comprimento celular em repouso, e as velocidades de encurtamento e relaxamento foram calculados. Estatística Os dados foram submetidos aos testes de normalidade de Shapiro-Wilk ou Kolmogorov-Smirnov, quando apropriado. Usou-se o teste t pareado para comparar o PC inicial e final em cada grupo. As compara ões entre os grupos dos valores de PC, de peso do cora ão (PCo), de peso do VE (PVE) e das razões entre esses pesos, assim como da contra ão celular, foram feitas usando ANOVA de duas vias seguida de teste de Tukey com o programa SigmaPlot ® , versão 12.5 (Systat Software, San Jose, CA). Os dados são apresentados como m dia ± desvio-padrão. Adotou-se o nível de significância estatística de 5%. Os números de camundongos, cora ões e miócitos usados são apresentados nas figuras e tabela. Resultados A Tabela 1 mostra o PC e o PVE. O PC inicial dos animais β 1 ARKO foi mais alto do que os dos respectivos animais WT controle. Como esperado, o PC final de cada grupo foi mais alto do que os respectivos PC iniciais. O PC final foi mais alto (p < 0,05) nos camundongos β 1 ARKO ( β 1 ARKOc + β 1 ARKOt) em compara ão ao dos WT (WTc + WTt). Entretanto, o PC final não foi afetado (p > 0,05) pelo EACM. Da mesma forma, o PCo foi mais alto nos camundongos β 1 ARKO do que nos WT, mas não se observou nenhum efeito do EACM (p > 0,05). Com rela ão ao PVE, camundongos β 1 ARKO apresentaram valores mais altos do que os WT; entretanto, não se observou qualquer efeito do EACM (p>0,05). Quanto às razões, camundongos β 1 ARKO exibiram uma razão entre PCo e PC mais alta do que camundongos WT. Entretanto, isso não foi afetado pelo EACM (p > 0,05). A razão entre PVE e PC foi mais alta em camundongos β 1 ARKO do que em camundongos WT, mas sem efeito do EACM. A Figura 1 mostra a capacidade física. Os animais β 1 ARKO ( β 1 ARKOc + β 1 ARKOt) correram uma distância maior do que os animais WT (WTc +WTt). Al m disso, os animais treinados correramuma distânciamaior do que seus respectivos controles. As propriedades contráteis de um único miócito de VE são mostradas na Figura 2. Os miócitos de camundongos β 1 ARKO ( β 1 ARKOc + β 1 ARKOt) apresentaram maior amplitude de encurtamento do que os dos WT (WTc +WTt). A amplitude de encurtamento dos miócitos de camundongos β 1 ARKOt foi maior do que a dos β 1 ARKOc e WTt, e a amplitude de encurtamento dos miócitos de camundongos WTc foi maior do que a dos WTt (Figura 2A). Com rela ão ao tempo de contra ão, os miócitos de camundongos β 1 ARKOc exibiram maior velocidade de encurtamento do que os de camundongos WTc. Al m disso, os miócitos de camundongos β 1 ARKOt apresentaram maior velocidade de encurtamento do que os de camundongos β 1 ARKOc e WTt (Figura 2B). Quanto à velocidade de relaxamento, os miócitos 258

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