ABC | Volume 110, Nº2, Fevereiro 2018

Artigo Original Gripp et al Acurácia do strain longitudinal global para cardiotoxicidade Arq Bras Cardiol. 2018; 110(2):140-150 Tabela 3 – Características ecocardiográficas dos pacientes tratados com antracíclicos e traztuzumab - Associação com cardiotoxicidade ECO Variável* Cardiotoxicidade p Sim Não n = 5 n = 44 ECO Basal FE (%) 64 ± 4,8 68,3 ± 7,7 0,120 SLG (%) -19,3 ± 1,2 -20,5 ± 2,0 0,100 E/E' 8,9 ± 2,5 7,9 ± 1,6 0,450 S VE (cm/s) 7,8 ± 1,1 8,3 ± 1,1 0,380 S VD (cm/s) 12,6 ± 2,1 12,9 ± 2,0 0,760 ECO 3 meses FE (%) 57,6 ± 12,3 67,2 ± 6,4 0,006 Dif. FE 3 meses (%) 6,4 ± 16,2 1,1 ± 7,2 0,190 SLG (%) -15,2 ± 2 -19,6 ± 2,1 0,005 Dif SLG 3 meses (%) 4,1 ± 1,6 0,8 ± 1,6 0,008 E/E' 7,1 ± 1,6 8,6 ± 1,9 0,230 S VE (cm/s) 8 ± 0,8 8,5 ± 1,6 0,600 S VD (cm/s) 12,6 ± 2,2 12,9 ± 2,3 0,800 ECO 6 meses FE (%) 52 ± 5,1 67,4 ± 6,6 0,001 Dif FE 6 meses (%) 12 ± 5,2 0,9 ± 9,8 0,004 SLG (%) -15,6 ± 1,1 -19,4 ± 2 < 0,001 Dif SLG 6 meses (%) 3,7 ± 1,8 1 ± 1,6 0,026 E/E' 9 8,2 ± 2,4 0,040 S VE (cm/s) 6,3 ± 0,5 7,8 ± 1,4 < 0,001 S VD (cm/s) 11,8 ± 1,6 13 ± 2 0,200 * médias ± DP; FE: fração de ejeção pelo Simpson; Dif. FE: diferença da fração de ejeção; Dif. SLG: Diferença do Strain Longitudinal Global; E/E’: Relação entre valores das ondas E e E’ do ecodopplercardiograma; S VE: Onda S do ventrículo esquerdo; S VD: Onda S do Ventrículo Direito. As variáveis ecocardiográficas foram comparadas por teste t de Student pareado, com valor de p ≤ 0,05. Tabela 4 – Descrição dos casos de cardiotoxicidade Casos FE SLG do VE Basal 3 Meses 6 Meses Basal 3 Meses (% ∆SLG) 6 Meses 1 66% 52% 58% -19,4% -12,9% (33,50) -17,0% 2 65% 69% 50% -18,7% -16.0% (14,40) -14,3% 3 56% 69% 49% -19,2% -16,5% (14,10) -15,5% 4 64% 58% 45% -21,2% -17,4% (17,90) -15,0% 5 69% 40% 53% -18,0% -13,3% (26,10) -16,4% FE: fração de ejeção pelo Simpson; SLG: Strain Longitudinal Global; % ∆SLG: variação do percentual do Strain Longitudinal Global. Escolha do melhor período para realização do ecodopplercardiograma Não há consenso entre as Sociedades Europeia e Americana de Cardiologia sobre os períodos ao longo do tratamento emque se deveriam realizar os acompanhamentos ecocardiográficos. Em nossa população, dois casos de cardiotoxicidade ocorreram no 3° mês. Analisando retrospectivamente, se tivéssemos realizado o ecodopplercardiograma após cada ciclo de antracíclico, provavelmente a queda do SLG do VE seria anterior à redução da FE no 3° mês. Mediante essas informações, talvez o ideal fosse realizar o ecodopplercardiograma após o término de cada ciclo do antracíclico. Marcador de cardiotoxicidade: strain 2D AFEnãoéconsideradaumbompreditor decardiotoxicidade, dado que não detecta alterações precoces da função contrátil do miocárdio. Estudos recentes demostraram que as alterações do strain precedem as mudanças na FE neste grupo de 146

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