ABC | Volume 110, Nº2, Fevereiro 2018

Artigo Original Rabelo et al Presença e Extensão da Fibrose Miocárdica na Forma Indeterminada da Doença de Chagas Arq Bras Cardiol. 2018; 110(2):124-131 coronária, o valor preditivo negativo do teste de esforço, nessas circunstâncias, é muito alto. A doença arterial coronariana foi excluída sem a realização de uma angiografia coronária para evitar radiação e complicações decorrentes do procedimento. Conclusão A presença de fibrose na forma indeterminada da doença de Chagas tem frequência e extensão semelhantes à forma cardíaca sem disfunção, o que sugere que a primeira faz parte de um espectro de doença subclínica, em vez da ausência de acometimento cardíaco. Sendo assim, as formas indeterminada e cardíaca sem disfunção assemelham-se entre si e se diferenciam significativamente da forma cardíaca com disfunção. Contribuição dos autores Concepção e desenho da pesquisa: Rabelo MMR, Macedo CT, Larocca T, Soares MBP, Correia LCL; Obtenção de dados: Rabelo MMR, Macedo CT, Larocca T, Machado A, Pacheco T; Análise e interpretação dos dados e Análise estatística: Rabelo MMR, Correia LCL; Obtenção de financiamento: Rabelo MMR, Larocca T, Soares MBP; Redação do manuscrito: Rabelo MMR, Macedo CT, Soares MBP, Correia LCL; Revisão crítica domanuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Rabelo MMR, Macedo CT, Souza BSF, Soares MBP, Ribeiro-dos- Santos R, Correia LCL; Interpretação dos dados da ressonância magnética: Torreão J. Potencial conflito de interesses Declaro não haver conflito de interesses pertinentes. Fontes de financiamento Opresente estudo não teve fontes de financiamento externas. Vinculação acadêmica Este artigo é parte da tese de Doutorado de Marcia Maria Noya-Rabelo pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Aprovação Ética e consentimento informado Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital São Rafael sob o número de protocolo N° 41/10. Todos os procedimentos envolvidos nesse estudo estão de acordo com a Declaração de Helsinki de 1975, atualizada em 2013. O consentimento informado foi obtido de todos os participantes incluídos no estudo. 1. World Health Organization. WHO Expert Committee on the control of Chagas Disease. Geneva; 2002. (WHO Technical Report Series: 905). 2. Marin-Neto JA, Rassi A Jr. Update on Chagas heart disease on the first centenary of its discovery. Rev Esp Cardiol. 2009;62(11):1211-6. doi: 10.1016/S1885-5857(09)73346-8. 3. Nunes MC, Dones W, Morillo CA, Encina JJ, Ribeiro AL; Council on Chagas Disease of the Interamerican Society of Cardiology. Chagas disease: an overview of clinical and epidemiological aspects. J Am Coll Cardiol. 2013;62(9):767-76. doi: 10.1016/j.jacc.2013.05.046. 4. Bern C. Chagas’ disease. N Engl J Med. 2015;373(5):456-66. doi: 10.1056/ NEJMra1410150 5. Bocchi EA, Arias A, Verdejo H, Diez M, Gómez E, Castro P. The reality of heart failure in Latin America. J AmColl Cardiol. 2013;62(11):949-58. doi: 10.1016/j.jacc.2013.06.013. 6. Andrade JP, Marin-Neto JA, Paola AA, Vilas-Boas F, Oliveira GM, Bacal F, et al; Sociedade Brasileira de Cardiologia. [I Latin American guidelines for the diagnosis and treatment of Chagas cardiomyopathy]. Arq Bras Cardiol. 2011;97(2 Suppl 3):1-48. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0066- 782X2011001600001. 7. Le Loup G, Pialoux G, Lescure FX. Update in treatment of Chagas disease. Curr Opin Infect Dis. 2011;24(5):428-34. doi: 10.1097/ QCO.0b013e32834a667f. 8. Laranja FS, Dias E, Nobrega G, Miranda A. Chagas’ disease: a clinical, epidemiologic, and pathologic study. Circulation. 1956;14(6):1035-60. doi: https://doi.org/10.1161/01.CIR.14.6.1035. 9. Rassi A Jr, Rassi SG, Rassi A. Sudden death in Chagas’ disease. Arq Bras Cardiol . 2001;76(1):86-96. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0066- 782X2001000100008. 10. Tassi EM, Continentino MA, Nascimento EM, Pereira BD, Pedrosa RC. Relationship between fibrosis and ventricular arrhythmias in Chagas heart diseasewithout ventricular dysfunction. Arq Bras Cardiol. 2014;102(5):456- 64. doi: http://dx.doi.org/10.5935/abc.20140052. 11. Marin-Neto JA, Cunha-Neto E, Maciel BC, Simões MV. Pathogenesis of chronic Chagas heart disease. Circulation. 2007;115(9):1109-23. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.106.624296. 12. Lopes ER, Chapadeiro E, Andrade ZA, Almeida HO, Rocha A. [Pathological anatomyofheartsfromasymptomaticChagasdiseasepatientsdyinginaviolent manner]. Mem Inst Oswaldo Cruz. 1981;76(2):189-97. PMID: 6817025. 13. Andrade ZA, Andrade SG, Oliveira GB, Alonso DR. Histopathology of the conducting tissue of the heart in Chagas’ myocarditis. Am Heart J. 1978;95(3):316-24. PMID: 414610. 14. Mady C, Ianni BM, Arteaga E, Montes GS, Caldini EG, Andrade G, et al. Relation between interstitial myocardial collagen and the degree of clinical impairment in Chagas’ disease. Am J Cardiol. 1999;84(3):354-56. doi: http://dx.doi.org/10.1016/S0002-9149 (99)00295-7. 15. Klein C, Nekolla SG, Bengel FM, Momose M, Sammer A, Haas F, et al. Assessmentofmyocardialviabilitywithcontrast-enhancedmagneticresonance imaging: comparison with positron emission tomography. Circulation. 2002;105(2):162-7. doi: https://doi.org/10.1161/hc0202.102123. 16. Kim RJ, Wu E, Rafael A, Chen EL, Parker MA, Simonetti O, et al. The use of contrast-enhanced magnetic resonance imaging to identify reversible myocardial dysfunction. N Engl J Med. 2000;343(20):1445-53. doi: 10.1056/NEJM200011163432003. 17. Rochitte CE, Oliveira PF, Andrade JM, Ianni BM, Parga JR, Avila LF, et al. Myocardial delayed enhancement by magnetic resonance imaging in patients withChagas’ disease: amarker of disease severity. J AmColl Cardiol. 2005;46(8):1553-8. doi: 10.1016/j.jacc.2005.06.067. Referências 130

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=