ABC | Volume 110, Nº1, Janeiro 2018

Artigo Original Soeiro et al Troponina vs. lesão coronariana Arq Bras Cardiol. 2018; 110(1):68-73 Tabela 1 – Característica basais e análise univariada comparando os pacientes com versus sem lesão coronariana significativa Lesões coronarianas ≥ 70% p Presente (N = 681) Ausente (N = 310) Sexo masculino (%) 72,10% 65,10% 0,018 # Idade (mediana) 62,9 ± 11,30 63,9 ± 13,23 0,202 π Diabetes mellitus (%) 38,82% 40% 0,725 # Hipertensão arterial (%) 79,30% 84,80% 0,038 # Doença coronária crônica (%) 13,70% 14,50% 0,724 # Dislipidemia (%) 51,00% 50,00% 0,797 # HF de DAC precoce (%) 12,50% 10,60% 0,404 # IAM prévio (%) 39,70% 36,10% 0,284 # Tabagismo (%) 43,50% 31,30% < 0,0001 # Creatinina (mg/dL) (média) 1,31 ± 1,20 1,32 ± 1,25 0,896* Infra-ST / Inversão de onda T 36,30% 18,70% < 0,0001 # Troponina + / Percentil 99 91,50% 72,60% < 0,0001 # Troponina + / Melhor ponto de corte 63,40% 32,60% < 0,0001 # HF: história familiar; DAC: doença arterial coronariana; IAM: infarto agudo do miocárdio; Infra-ST: infradesnivelamento do segmento ST; # : teste Qui-quadrado; *: teste T não-pareado; π : teste Mann-Whitney U. Tabela 2 – Análise multivariada comparando os pacientes com versus sem lesão coronariana significativa: A. Utilizando percentil 99 do kit de troponina; B. utilizando o melhor ponto de corte de troponina encontrado no estudo A OR IC (95%) p Sexo masculino (%) 1,32 0,99 - 1,76 0,052 Hipertensão arterial (%) 0,81 0,55 - 1,18 0,272 Tabagismo (%) 1,58 1,18 - 2,14 0,002 Infra-ST / Inversão de onda T 2,05 1,47 - 2,88 < 0,0001 Troponina + / Percentil 99 3,39 2,32 - 4,94 < 0,0001 B OR IC (95%) p Sexo masculino (%) 1,35 1,02 - 0,180 0,039 Hipertensão arterial (%) 0,89 0,60 - 1,31 0,548 Tabagismo (%) 1,64 1,21 - 2,22 0,001 Infra-ST / Inversão de onda T 2,22 1,58 - 3,12 < 0,0001 Troponina + / Melhor ponto de corte 3,39 2,53 - 4,54 < 0,0001 Infra-ST: infradesnivelamento do segmento ST; OR: odds ratio; IC: intervalo de confiança. em até 15% dos indivíduos. Entre os fatores principais relacionados a essa elevação inesperada, encontrou-se a presença de disfunção renal como um dos fatores que influenciaram de forma significativa. Além disso, mais uma vez, pacientes com troponina elevada apresentaram maior risco de morte (HR = 3,0; p = 0,02). 14 Especificamente em idosos acima de 75 anos, a tropo-US T foi avaliada no contexto de dor torácica e sendo aferida com0 e 3-4 horas. Cerca de 27% dos pacientes foram classificados com síndrome coronariana aguda. A sensibilidade e a especificidade encontradas nessa população foram de 88% e 38%, respectivamente. Quanto maior o valor inicial ou o incremento (principalmente absoluto) em medidas subsequentes, maior foi a especificidade encontrada. 15 Esse valor de especificidade chega a ser superior ao nosso encontrado na população geral, provavelmente devido àmaior inclusão de pacientes comoutras cardiopatias em conjunto, já que pertencemos a um centro terciário de referência. 71

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