ABC | Volume 110, Nº1, Janeiro 2018

Editorial Novo Editor-Chefe, Novos Desafios New Editor-in-Chief, New Challenges Carlos Eduardo Rochitte Instituto do Coração - InCor; Hospital do Coração - HCOR, São Paulo, SP – Brasil Correspondência: Carlos Eduardo Rochitte • Instituto do Coração - InCor - Setor de Ressonância e Tomografia Cardiovascular Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44 Andar AB. CEP 05403-000, Cerqueira César, São Paulo, SP – Brasil E-mail: rochitte@incor.usp.br Palavras-chave Publicações Periódicas como Assunto/história; Publicações Periódicas como Assunto/tendências; Fator de Impacto de Revistas; Editoração/tendências. DOI: 10.5935/abc.20180012 É uma grande honra e felicidade ter sido indicado para servir como novo Editor-Chefe dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia para o período de 2018 a 2021. Gostaria de agradecer nesse primeiro editorial aos meus pares e colegas que têm manifestado franco e total apoio à minha indicação. É sem dúvida alguma também um grande desafio tentar contribuir para este que é o nosso mais importante periódico científico de Cardiologia na América do Sul. E é sobre os ombros de editores-chefes anteriores que me coloco para humildemente colaborar com este importante veículo de transmissão de informação científica da nossa comunidade. O trabalho feito até aqui é grandioso e só foi possível graças à colaboração de editores associados e dos revisores que fazem parte desta grande família dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia . E assim continuará. Por isso peço o apoio de todos nesta tarefa dos próximos anos. Proposta por Dante Pazzanese e Luiz V. Décourt a constituição de um comitê de redação para a revista da Sociedade Brasileira de Cardiologia, os Arquivos Brasileiros de Cardiologia tiveram como primeiro “diretor” Dr. Jairo Ramos, que consta como o proponente deste nome que persiste desde 1948 até hoje. Desde então, as histórias da Cardiologia Brasileira, de sua Sociedade e dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia se confundem através das décadas. Interessante notar que o primeiro trabalho publicado, inteiramente em inglês, foi " The electrocardiographic evidence of local ventricular ischemia ", assinado por Robert H. Bayley e Jolm S. La Due, de Oklahoma City, Estados Unidos (Figura 1). 1 Isso demonstra claramente que o potencial de internacionalização dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia sempre esteve no seu DNA. Cabe a nós como sociedade desenvolvê-lo plenamente. Em especial gostaria de agradecer ao nosso editor-chefe passado Dr. Luiz Felipe P. Moreira pela sua excelente gestão e por passar os Arquivos Brasileiros de Cardiologia para mim bem estruturado e organizado. Seu editorial de dezembro último revê as conquistas dos últimos oito anos, período em que atuei como editor associado dos métodos diagnósticos e imagem. 2 O aprendizado a que me expus durante sua gestão e seu apoio foram fundamentais para que tomasse a decisão de me candidatar a editor-chefe dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia . Muitas ações estão planejadas para que possamos tornar os Arquivos Brasileiros de Cardiologia mais ágil no processo de revisão de artigos e mais atrativo para os autores. A evolução da ciência e dos periódicos que a veicula é constante e os nossos Arquivos Brasileiros de Cardiologia precisam se preparar para acompanhar essas mudanças e inovações. Na gestão 2018-2021, duas vigas mestres serão as bases para guiar essa inovação: a internacionalização e a busca da melhora do fator de impacto do nosso periódico. Os motivos para essa escolha estão nos dados apresentados nos últimos anos pelo nosso periódico indicando estabilidade do fator de impacto pouco acima de 1 e a não aderência aos quesitos de internacionalização recomendados pela Scielo. A primeira guia vem sendo defendida pela Scielo já há algum tempo e será mais enfatizada nos próximos anos. Um primeiro aspecto da internacionalização é a participação de editores associados internacionais. Iniciaremos 2018 com dois novos editores internacionais e um co-editor internacional e assim atingiremos o recomendado pela Scielo de aproximadamente 30% de editores associados internacionais. Com essas medidas, procuramos dar mais visibilidade internacional e atrair a “boa ciência” para os Arquivos Brasileiros de Cardiologia no formato de artigos originais. Ainda nos artigos de revisão deveremos manter a tradição de revisar assuntos da Cardiologia e dos limites dessa com outras especialidades, sempre apontando para quais os passos futuros na área, como no artigo de revisão deste nosso número de janeiro. 3 Estamos renovando nossos editores associados, os revisores internacionais e nosso conselho editorial com objetivo de dar mais agilidade e qualidade aos artigos publicados nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia . A colaboração internacional tem sido um mecanismo de melhora do fator de impacto em periódicos internacionais em alguns países europeus. Creio que precisamos melhorar nosso desempenho nesse quesito e o caminho é a adoção de medidas para internacionalização dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia . Fica claro que nossos dois objetivos principais nesta gestão são sinérgicos entre si. Além disso, estão programadas medidas para modernizar e agilizar o processo de revisão de artigos, na tentativa de obter uma rápida resposta aos autores sobre a aceitação ou não de seus artigos nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia . Queremos atingir um maior grau de satisfação dos autores e revisores durante os processos editoriais dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia . Um primeiro e importante passo é a adoção de um novo sistema eletrônico de submissão, 1

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