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Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Resumo das Próximas Publicações

Ano 2001

 

Freqüência de Prescrição de Anti-Hipertensivos por Via Oral Precedendo Elevação da Pressão Arterial Sistêmica em Pacientes Hospitalizados

 

In English

Cristiano Ricardo Bastos de Macedo, Antonio Carlos Beisl Noblat, Lúcia de Araújo Costa Beisl Noblat, Jeane Meire Sales de Macedo, Antonio Alberto Lopes

 

Objetivo - Avaliar a freqüência de prescrição de anti-hipertensivo por via oral precedendo elevação da pressão arterial em pacientes internados em um hospital universitário, bem como o tipo de droga e o uso concomitante de anti-hipertensivo de manutenção.

 

Métodos - Foram utilizados dados do Serviço de Farmácia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos relativos a todas as prescrições de pacientes internados entre janeiro e junho de 1997. As variáveis incluídas na análise foram: prescrição de anti-hipertensivo precedendo elevação da pressão arterial, tipo de droga anti-hipertensiva, sexo do paciente, tipo de enfermaria (clínica ou cirúrgica) e presença de anti-hipertensivo de manutenção.

 

Resultados - Internados 2.532 pacientes sendo 1468 em enfermarias cirúrgicas e 818 em enfermarias clínicas. Prescrição de anti-hipertensivo precedendo elevação pressórica foi observada em 578 (22,8%) pacientes; nifedipina em 553 (95,7%) e captopril em 25 (4,3%). Em 50,7% a prescrição de anti-hipertensivo precedendo elevação pressórica não foi associada com anti-hipertensivo de manutenção. A prescrição de anti-hipertensivo precedendo elevação pressórica foi significativamente (p<0,001) mais freqüente nas enfermarias cirúrgicas (27,5%; 405/1468) do que nas de clínica médica (14,3%; 117/818). A freqüência de prescrição de anti-hipertensivo precedendo elevação pressórica sem anti-hipertensivo de manutenção e a razão entre o número de prescrições de nifedipina e captopril foram maiores nas enfermarias cirúrgicas.

 

Conclusão - A alta freqüência de prescrição de anti-hipertensivo precedendo elevação pressórica (22,8%) observada em pacientes internados não é apoiada pela evidência científica. É possível que essa freqüência seja ainda mais elevada em hospitais não universitários. Os dados chamam atenção para a necessidade de que se desenvolvam estratégias educacionais visando uma utilização mais racional de medicamentos anti-hipertensivos em pacientes hospitalizados.

 

Palavras-chave: hipertensão, nifedipina, captopril

 

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Hospital Universitário Professor Edgard Santos – Universidade Federal da Bahia

Correspondência: Antonio Alberto Lopes
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