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Arquivos Brasileiros de CardiologiaResumos das Próximas Publicações
Ano 2002Análise da Prevalência dos Potenciais Tardios Ventriculares na Fase Tardia Pós-Infarto do Miocárdio Baseada na Localização do Infarto
Paulo Roberto Benchimol Barbosa, Marcos Oliveira de Sousa, Eduardo Correa Barbosa, Alfredo de Souza Bomfim, Paulo Ginefra, Jurandir Nadal
Objetivo - A localização do infarto inicial pode influenciar a prevalência de potenciais tardios ventriculares devido ao curso temporal da ativação ventricular, iniciada na região septal, percorrendo o miocárdio até as regiões póstero-basais. Avaliou-se a prevalência de potenciais tardios ventriculares no período acima de dois anos após o infarto do miocárdio transmural, considerando a parede inicialmente lesada. Métodos - Foi analisada a prevalência de potenciais tardios ventriculares em uma fase tardia pós-infarto do miocárdio (mediana 924 dias) com localização anterior/ântero-septal e inferior/ínfero-dorsal, definidos por alterações eletro, vetor e ecocardiográficas, de pacientes do banco de dados BDECG_AR, e testada a capacidade diagnóstica dos filtros empregados para análise dos potenciais tardios ventriculares, nas freqüência de corte passa-alta de 25Hz, 40Hz e 80Hz, no eletrocardiograma de alta resolução, no domínio do tempo. Resultados - Ao eletrocardiograma de alta resolução, a duração total da ativação ventricular e sua região terminal foram mais longas no infarto do miocárdio inferior do que no infarto do miocárdio anterior, nas freqüências de corte 40Hz e 80Hz. Nos pacientes com taquicardia ventricular, essas diferenças foram mais marcantes. A prevalência de potenciais tardios ventriculares foi mais elevada no infarto do miocárdio inferior do que no infarto do miocárdio anterior, somente quando analisado na freqüência passa-alta de 80Hz. A prevalência de potenciais tardios ventriculares foi três vezes maior no infarto do miocárdio inferior do que no infarto do miocárdio anterior. Conclusão - Em uma fase tardia pós-infarto do miocárdio transmural, a prevalência de potenciais tardios ventriculares é mais elevada nas lesões que incidem sobre a parede inferior/ínfero-dorsal do que sobre a parede anterior/ântero-septal e depende da freqüência de corte do filtro passa-alta empregado para análise do eletrocardiograma de alta resolução, no domínio do tempo. Palavras-chave: eletrocardiograma de alta resolução, infarto do miocárdio, arritmia ventricular Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ e Instituto Luiz Alberto Coimbra de Pós-Graduação em Engenharia - UFRJ Correspondência: Paulo Roberto Benchimol
Barbosa
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