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Arquivos Brasileiros de Cardiologia

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Ano 2002

Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial em Pacientes com Insuficiência Cardíaca. Um Novo Marcador do Prognóstico

 

In English

Manoel F. Canesin, Dante Giorgi, Múcio T. de Oliveira Jr., Maurício Wajngarten, Alfredo J. Mansur, José Antonio F. Ramires, Antonio Carlos Pereira Barretto

 

Objetivo - Avaliar a relação da monitorização ambulatorial da pressão arterial por 24h com o prognóstico de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva avançada.

Métodos - Foram estudados 38 pacientes com insuficiência cardíaca congestiva classe funcional IV (NYHA) e analisados a fração de ejeção, diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo e os dados da monitorização ambulatorial da pressão arterial. O acompanhamento mínimo foi de seis meses.

Resultados - Ocorreram 12 (27%) óbitos. As médias da fração de ejeção do ventrículo esquerdo 35,2±7,3% e diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo 72,2±7,8mm não se correlacionaram com o tempo de sobrevida da amostra. As médias das pressões sistólica nas 24h (PAS24), vigília (PASv) e sono (PASs) dos pacientes vivos, foram maiores que nos pacientes mortos e significantes na predição do tempo de sobrevida. Os pacientes com as médias das PAS24, PASv e PASs >105mmHg, apresentaram maior tempo de sobrevida (p=0,002, p=0,01 e p=0,0007, respectivamente). Na análise de sobrevida, os pacientes com descenso no sono (dip) da PAD <5mmHg assim como pacientes com dipPAM <6mmHg apresentaram maior sobrevida (p=0,04 e p=0,01, respectivamente). Na análise multivariada, entre todas as variáveis estudadas, a PASs foi a única selecionada com odds ratio 7,61 (IC: 1,56; 37,04) (p=0,01). Os pacientes com a médias de PASs <105mmHg possuem 7,6 vezes maior chance de morte do que os que possuem média de PASs >105mmHg.

Conclusão – A monitorização ambulatorial da pressão arterial parece-nos, em alguns grupos de pacientes, método de grande utilidade na avaliação de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, e até mesmo de valor superior às medidas miocárdicas diretas, como fração de ejeção do ventrículo esquerdo e diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo. A avaliação dinâmica pela monitorização ambulatorial da pressão arterial poderá ser útil na identificação de pacientes na fila de transplante.

Palavras-chave: insuficiência cardíaca, prognóstico, monitorização ambulatorial da pressão arterial

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Instituto do Coração do Hospital das Clínicas - FMUSP – São Paulo e Hospital Universitário - HURNP/UEL - Londrina

Correspondência: Manoel F. Canesin
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